Até o momento a ciência investiu generoso esforço na
construção de teorias, epistemes e conceitos que revelassem os mecanismos
cognitivos de apreensão da realidade; mais enfaticamente nas fases iniciais do
desenvolvimento humano, a saber: a infância e a adolescência. Sobram assim pedagogias e nos escasseiam as andragogias (a educação do adulto).
Salvaguardado por sua inocência original está o mundo
infantil; preservado também o adolescente, pois padece de um mal que lhe é
natural - segundo os especialistas é o de sofrer das alterações que a maturação
hormonal lhe inflige – e desordena seus conceitos de moralidade e
sexualidade... Assim passa a ser do adulto a responsabilidade por
toda calamidade pública que se manifeste. Também lhe cabem as punições
e impostos por suas imposturas. Vamos chamar-lhes de stress, a exacerbação do trabalho ou inclinação à preguiça, ansiedades
e depressões – que não são em absoluto inerentes ao desenvolvimento da vida
adulta, como comumente se pensa e argumenta.
Por falta de andragogias competentes, não aprendemos
infelizmente, que para a vida adulta está reservado adquirir um mecanismo da
ativação da energia pessoal, que chamaremos de agora em diante de vitalidade:
conquista-se-lhe o controle com a prática e disciplina constante de
condutas corporais individuais.
foto Lori de Almeida (autorretrato) |
Nossa educação modernista também não depositou nenhuma
suposição para a capacidade cognoscitiva do adulto (capacidade para aprender a
aprender). Para ele a modernidade exigiu a capacidade de produção em todos
aspectos - sejam ideais, objetivos ou subjetivos. Deles deverá expressar e/ou
materializar conhecimentos próprios e esgotar a corporeidade como recurso
primeiro e último para alcançar este fim.
Estão mal formatadas as nossas resistências a esta
massificação – as ofertas de ócio, tempo livre, os programas de cultura e
atividade física promovidos pelas instituições públicas e privadas – porque
nelas predominam hedonismos, consumismos, ideologias e patologias sociais em
geral; e a demanda por estes programas se espera de indivíduo urbanizado, que tem preferido a cultura do
desperdício (até mesmo da própria energia) através do consumo irresponsável e
de atitudes antiecológicas.
Antes mesmo da educação, a ginástica, a dança e outras
práticas corporais já haviam sido sistematizadas pelos gregos, chineses e
hindus, essencialmente entre adultos. Arrisco-me a aponta-las como a primeira
andragogia manifestada e praticada pela cultura ocidente-oriente civilizado.
Lástima que tenham se perdido e se transformado em exercício para a guerra,
para a resistência e para o
trabalho,sendo esquecidas suas qualidades para a educação permanente do adulto.
trabalho,sendo esquecidas suas qualidades para a educação permanente do adulto.
Aquele que passa a entender seu corpo através da ginástica na
idade adulta – ou das atividades físicas que resgatam seus valores (Pilates,
Ginástica Natural, Taichi, Dança clássica e contemporânea, Capoeira, etc.) – toma
consciência da necessidade interior/exterior de novos hábitos e com o seu
auxílio responderá mais prontamente a novas atitudes para com ele próprio, o
outro e o mundo.
No meu caso... Pilates, Yoga e Ginástica Natural... pratico e
ofereço... como andragogia e para assegurar-me vitalidade.
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