Ir al contenido principal

Pilates e Andragogia

Até o momento a ciência investiu generoso esforço na construção de teorias, epistemes e conceitos que revelassem os mecanismos cognitivos de apreensão da realidade; mais enfaticamente nas fases iniciais do desenvolvimento humano, a saber: a infância e a adolescência. Sobram assim pedagogias e nos escasseiam as andragogias (a educação do adulto).
Salvaguardado por sua inocência original está o mundo infantil; preservado também o adolescente, pois padece de um mal que lhe é natural - segundo os especialistas é o de sofrer das alterações que a maturação hormonal lhe inflige – e desordena seus conceitos de moralidade e sexualidade... Assim passa a ser do adulto a responsabilidade por toda calamidade pública que se manifeste. Também lhe cabem as punições e impostos por suas imposturas. Vamos chamar-lhes de stress, a exacerbação do trabalho ou inclinação à preguiça, ansiedades e depressões – que não são em absoluto inerentes ao desenvolvimento da vida adulta, como comumente se pensa e argumenta.
Por falta de andragogias competentes, não aprendemos infelizmente, que para a vida adulta está reservado adquirir um mecanismo da ativação da energia pessoal, que chamaremos de agora em diante de vitalidade: conquista-se-lhe o controle com a prática e disciplina constante de condutas corporais individuais.
foto  Lori de Almeida  (autorretrato)
Ele pode ser ativado se o individuo volta-se a sua busca minimamente, depositando algo de atenção, intenção e atitude ao cotidiano de sua corporeidade. Para J.H. Pilates, entre outros, o estilo de vida moderno impede que este mecanismo se ative naturalmente, e é preciso apresentar à corporeidade então diferentes combinações de disciplinas e condutas motoras e algum repertório de hábitos.
Nossa educação modernista também não depositou nenhuma suposição para a capacidade cognoscitiva do adulto (capacidade para aprender a aprender). Para ele a modernidade exigiu a capacidade de produção em todos aspectos - sejam ideais, objetivos ou subjetivos. Deles deverá expressar e/ou materializar conhecimentos próprios e esgotar a corporeidade como recurso primeiro e último para alcançar este fim.
Estão mal formatadas as nossas resistências a esta massificação – as ofertas de ócio, tempo livre, os programas de cultura e atividade física promovidos pelas instituições públicas e privadas – porque nelas predominam hedonismos, consumismos, ideologias e patologias sociais em geral; e a demanda por estes programas se espera de indivíduo urbanizado, que tem preferido a cultura do desperdício (até mesmo da própria energia) através do consumo irresponsável e de atitudes antiecológicas.
Antes mesmo da educação, a ginástica, a dança e outras práticas corporais já haviam sido sistematizadas pelos gregos, chineses e hindus, essencialmente entre adultos. Arrisco-me a aponta-las como a primeira andragogia manifestada e praticada pela cultura ocidente-oriente civilizado. Lástima que tenham se perdido e se transformado em exercício para a guerra, para a resistência e para o
trabalho,sendo esquecidas suas qualidades para a educação permanente do adulto.

Aquele que passa a entender seu corpo através da ginástica na idade adulta – ou das atividades físicas que resgatam seus valores (Pilates, Ginástica Natural, Taichi, Dança clássica e contemporânea, Capoeira, etc.) – toma consciência da necessidade interior/exterior de novos hábitos e com o seu auxílio responderá mais prontamente a novas atitudes para com ele próprio, o outro e o mundo.



No meu caso... Pilates, Yoga e Ginástica Natural... pratico e ofereço... como andragogia e para assegurar-me vitalidade.

Comentarios

Entradas populares de este blog

Eu, FullLife, um simpático grupo e nosso lindo projeto de ginástica natural e pilates de solo - 2015 a 2017

¿Con quién te codeas...? Hubertus en Reino Unido...

Asistí al curso de filosofia de la ciencia - asignatura electiva - que impartía la Ines Lacerda del depto de Filosofia de la UFPR en mis tiempos de la graduación en Educación Física y luego en el doctorado repetí asignatura, pero en esta ocasión impartida por un paleontólogo do depto de Geología de la UNIZAR -  España ).  http://www.eugensandow.com Cuando uno se acercó, en sus lecturas e investigaciones a la historia de la ciencia, busca no hacer mucho caso de afirmaciones del tipo "que el fulano creó eso, el beltrano aquel otro, porque sabrá que todos los hombres de genio participan de un contexto.  Conque...  lo que buscan saber y lo que buscan exprimir, lo buscan otros también , pero quizá, con otras herramientas. ¿Este será el caso con Hubertus Pilates y Eugen Sandow? Cuando Hubertus llegó a Inglaterra, Eugen gozaba de fama y de larga notoriedad. Su libro " La construcción y reconstrucción del cuerpo" fue publicado en 1894. Hubertus llego a la Inglater