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Mostrando entradas de noviembre, 2013

A bitácora do treinador personalizado Cena 4 – Mais um natal sem bicicleta...

Este fim de semana entreguei ,  a um comprador interessado, minha bicicleta anunciada num site de objetos de segunda mão. Se fiz bom negócio em dinheiro? Não posso avaliar... não havia pensado em fazê-lo... apenas queria ver-me livre de uma bicicleta inutilizada que me atormentava a consciência mais fortemente que meu apego à ela.  O que ganhei foi uma lembrança da infância, que não podia ser outra. A data do natal, com seus bombardeios consumistas, atinge até o mais castos dos ermitões. Eu que sou menos exemplar que qualquer um destes, não consigo ainda, fazer-me alheio por completo da vida capitalizada, e poder preservar assim minha memória desta molesta influência.               - Vou passar o natal de bicicleta – disse-me num sorriso satisfeito o comprador.               -  Noel te trouxe uma bonita e poderosa – completei espontaneamente, aprovando sua alegria. Lembro que tardaram quatro anos até o Natal trazer-me a bicicleta que eu já vinha pedindo a Papai Noel des

A bitácora do educador físico personalizado - cena 3

“…viejo es aquel que deja de hacer cosas nuevas…” . No começo da tarde recebi este tweet... Genial... e o autor deste tweet – de quem sou seguidor - tem uma série de outros igualmente geniais. No entanto quem, ainda que por curiosidade juvenil, tenha folheado algumas páginas de obras latinas (Sêneca, por exemplo) já leu alguma máxima parecida a esta e é justo que não lhe encontre a originalidade. É certo, mas não se trata disso. Não é o apelo que a máxima faz a necessidade de provar coisas novas, que lhe imprime genialidade. É este indicador da vitalidade que ela nos sugere, o lugar onde devemos mirar com atenção. Se como professor de ginástica eu ocupo-me de preservar os índices de vitalidade de meu aluno, deveria propor-lhe, com alguma regularidade, novas disciplinas - ainda que não novos hábitos – para poder aferir nele sua reação vital às novidades e às atualizações da cultura corporal de nossa vida coletiva e urbana. Não é o mesmo que funcionalidade, porque o objetivo é outro:

a bitácora do educador físico personalizado - cena 2

foto  Lori de Almeida Como as pessoas normais fazem no cotidiano de suas urbes, quase diariamente verifico a caixa de entrada do meu correio eletrônico. Nesta semana o tenho feito duas vezes ao dia: anunciei minha bicicleta num destes sites de venda de produtos usados; e a verdade é que tenho recebido ofertas suficientes. Apesar de haver encontrado uma negociação que me parece satisfatória, ainda não vendi a bicicleta, pois tenho dificuldade quanto ao despego de minhas coisas. Reconforta-me saber que esta dificuldade eu compartilho com muitas pessoas. Não chego à particularidade que a imprime um conhecido meu, que selecionou alguns objetos pessoais, aos quais tem muito apego, anunciou-os, mas não vendeu nenhum. Foi apenas para poder agregar valor de mercado ao seu apego. Meu apego, no entanto é de outra natureza: preocupo-me por abrir mão da utilidade e da funcionalidade das coisas que adquirimos, sem ter usufruído delas suficientemente. Tento escapar, ainda que timidamente, d